As festas de final de ano
Os últimos dias na minha casa foram dias de festa, celebração e alguns excessos. Um pouco como em qualquer família portuguesa.
Na minha não foi diferente.
Reencontros familiares, crianças alegres e a brincar.
Adultos a comer, beber e conversar.
Muito bacalhau. Muitos doces. Talvez um pouco de bebida a mais.
Projectos e promessas para o novo ano.
Foi numa dessas conversas que um tío do meu marido, de nome António, contou-me ter encontrado nas sua casa dois livros antigos que gostaria muito de me oferecer.
Sabedor ele dos meus gostos, presenteou-me com uma rara e antiga edição de “Os Quatro Evangelhos e os Actos dos Apóstolos“, numa edição de 1916 (!) e uma primorosa tradução da Editora Roca de “O Trabalho dos Médiun” de Linda Williamson.
Fiquei encantada com a prenda!
Do segundo livro lhes contarei mais tarde.
Uma releitura
O que queria partilhar convosco foi a minha emoção à noite, quando fui deitar com uma dor de cabeça horrorosa, e decidi pegar no primeiro dos livros para dar uma vista de olhos.
Calhou por o abrir no Sermão da Montanha, que já não lia faz um bom tempo.
Imagino que a maioria de vocês, cristãos e não cristãos, ateus e creentes, leram ou ouviram alguma vez sobre ele.
Não por isso perde atualidade e quero partilhar…
“Benaventurados os pobres”, diz Jesús, “por que deles é o reino dos céus“.
“Amae aos vossos inimigos”, diz mais adiante, “e fazei bem aos quem vos têm odio. Dizei bem dos que dizem mal de vós e orai pelos que vos calumniam.”
“E,ao que te ferir numa face, offerece-lhe também a outra.”
“E, assim como quereis que os façam os homens, da mesma sorte fazei-o vós a elles”
“Não julguéis, e não sereis julgados”
“Perdoae e sereis perdoados”
Tentei escrever as frases tal e qual estão escritas… nesse português antigo e tão bonito.
A minha dor de cabeça foi embora assim que terminei de ler e fechei o livro.
A minha ideia inicial quando me sentei a escrever era comentar os trechos que anotei, mas optei por deixar para outro momento.
Por agora vou apenas partilhar essas abençoadas palavras.
Que cada um e cada uma faça as suas proprias reflexões.
E por que não, propósitos para o novo ano.
Os meus desejo de um 2017 cheio de paz e felicidade para todos!
Marta Ribeiro