A origem do meu nome… Marta

A Páscoa é um período de meditação, reflexão e religiosidade. Mas ao mesmo tempo é um tempo de reunião familiar.

Ontem uma das minhas cunhadas, em visita à minha casa, perguntou-me por que o meu pai tinha-me colocado o nome Marta.

Embora soubesse da sua origem cristã e que a Marta bíblica era a irmã do Lázaro – aquele resucitado por Jesus – fui obrigada a confessar a minha ignorância sobre maiores detalhes.

Assim, fui pesquisar um bocadinho e descobri algumas coisas fascinantes sobre a Marta que, seguramente, inspiraram ao meu Pai a pôr-me esse nome.

Como a Páscoa é para mim momento de conhecer e aprender sobre a religiosidade cristã, partilho-as…

Marta foi uma amiga próxima de Jesus, que vivia na cidade de Betânia junto com a sua irmã, Maria, e seu irmão, Lázaro.

Podem-se encontrar ao menos três menções à Marta na Bíblia, e cada uma dessas menções ou eventos ajuda a construir um perfil desta mulher tão interessante.

A primeira menção dá-se em Lucas 10

Ela está na sua casa em Betânia, uma pequena cidade perto de Jerusalém, onde estão hospedados Jesus e os seus discípulos.

Nesse dia, o único objectivo da Marta era ser uma boa anfitriã, a tentar servir a melhor refeição com a melhor apresentação possível.

Enquanto isso, a sua irmã Maria sentada aos pés do Messias, dedicava toda a sua atenção às palavras dele.

Como Marta “estava agobiada com os preparativos que deviam de ser feitos” (Lucas 10:40), ela teve uma discusão com Maria, pois ela não ajudava em nada.

Então ela falou de forma bastante abrupta a Jesus:

“Senhor, não te preocupa que minha irmã esteja a deixar-me fazer todo o trabalho sozinha?

Diz-lhe que me ajude! ” (ver. 40)

Nessa declaração tola, Marta insinuou não só que Jesus não se importava com ela mas, pior ainda, ela deu uma ordem ao Senhor…!

Na sua preocupação por servir, Marta tinha deixado de atender às palavras de Jesus.

Mas Ele, gentilmente, disse à Marta que um simples jantar era mais do que adequado.

Lembrou-lhe ainda que a decisão de Maria de sentar aos seus pés e ouvir sua palavra era a melhor escolha (ver. 41-42).

A segunda menção… depois do seu irmão, Lázaro, ter morrido

As irmãs mandaram chamar Jesus quando Lázaro adoeceu (ver. 3), mas Ele não chegou a tempo de curá-lo.

Quando Jesus finalmente chegou a Betânia, quatro dias depois da morte de Lázaro, Marta correu para encontrá-lo e falou:

“Se tu estivesses aqui, meu irmão não teria morrido.”(João 11: 21-22).

Ao que Jesus respondeu:

“Eu sou a ressurreição e a vida.

Quem acreditar em mim viverá, embora morra.

Quem viver a acreditar em mim nunca morrerá. “(ver. 25-26).

A resposta de Marta é de grande fé e compreensão da natureza divina de Jesus:

“Sim, meu Senhor. . . eu acredito que Tu és o Messias, o Filho de Deus…” (ver. 27).

A fé de Marta foi recompensada naquele mesmo dia, já que Jesus trouxe de volta o seu irmão do mundo dos mortos. (ver. 43-44).

A terceira vez que encontramos Marta é em João 12: 2

Jesus está novamente a participar de um jantar em Betânia, e Marta está novamente a servir.

É nessa ocasião em que a sua irmã, Maria, unge os pés de Jesus com um perfume caro (ver. 3).

Torna-se aparente que Marta era uma mulher extremadamente generosa e devota, evidenciado pelo facto de oferecer a sua casa e pela freqüência com que oferece jantares a tantas pessoas.

Nos encontros da vida de Marta com Jesus, apreendemos a importância de equilibrar o serviço com a devoção.

Apreendemos a importância de confiar e termos fé, mesmo quando tudo parece perdido.

Apreendemos a importância de usar os recursos materiais de que dispomos para ajudar aos demais.

Adoro o meu nome e nunca agradecerei o suficiente ao me Pai por tê-lo escolhido.

Feliz Páscoa a todos…!

Marta Ribeiro