Por muito que o amor doa…

Existem sempre estas cinco verdades…

Comecei desde cedo a construir estas minhas verdades.

Quando lá, pelos meus quinze anos, o meu primeiro grande amor foi também a minha primeira grande desilusão.

Qual o meu espanto quando me chega aos ouvidos que o meu namorado ía acabar comigo.

Que tinha arranjado outra e que nem me queria ver.

Claro que fiquei para morrer, mas… o que fazer?

É claro que a minha vida amorosa, não foi só baixos.

Também me aconteceu que o rapaz mais pretendido do meu curso e pelo qual todas as miúdas da faculdade se babavam, um dia estando eu a estudar no refeitório, se veio sentar ao meu lado e meteu conversa comigo.

Resultado: namoramos durante dois anos… e quem ficou para morrer foram todas as outras que o queriam.

E durante a minha vida, todas essas relações positivas ou menos positivas, esses altos e baixos, ajudaram-me a criar estas minhas verdades:

1ª – Entras na próxima relação do mesmo modo que saíste da anterior

És a soma de todas as experiências que viveste.

Se saíste sofrida de uma relação anterior, provavelmente irás trazer esse sentimento para a nova relação.

Vale a pena trabalhar a relação de modo a que se acabar, possa ter sido uma boa experiência.

2ª – O verdadeiro amor não te quer mudar

Amar verdadeiramente é aceitar o outro tal como é, e não o tentar tornar no que gostaríamos que fosse.

Aqui, amigas, tendemos sempre a querer mudar o que não gostamos no nosso companheiro.

Devíamos sim aceita-lo com tudo o que ele tem de bom e de mau.

Muitas vezes sem nos tentarmos melhorar a nós próprias.

3ª – O coração é mais forte que a mente

Nos assuntos do coração, a mente risca pouco ou nada.

Quantas vezes sabemos racionalmente que essa relação é toxica, mas o coração não está nem aí para razão.

Faz-nos sofrer masoquísticamente até à loucura.

Até que… de repente passa.

4ª – Mesmo quando o amor nos fere, acabamos por seguir em frente

Quem já não sofreu um desgosto de amor?

Aquele tipo de dor lancinante que parece que nos arrancaram um bocado e parece que vamos morrer.

E depois… não morremos.

E conforme o tempo passa, as coisas vão ficando mais leves.

E, mais cedo ou mais tarde, encontramos um novo amor. E nunca mais pensamos nisso.

5ª – Só conseguimos amar os outros na medida que nos amamos a nós próprias

Para podermos amar alguém saudavelmente, temos de gostar de nós do mesmo modo.

Qualquer relação amorosa deve ser de igual para igual.

Não nos devemos deixar subjugar por uma admiração em relação ao outro que nos coloque num patamar inferior.

Numa relação devemos ser pares e companheiros. Nunca, dominador e dominada…

Minhas queridas amigas. É claro que existirão outras tantas verdades como as que quiserem.

Mas estas são as minhas cinco verdades.

As que me norteiam e que fazem de mim a mulher feliz e realizada que sou hoje.

Bem hajam..!

Patrícia Collato